ABEX FutebolImprensa ► Cícero Souza responde curiosidades sobre o dia-a-dia de um Executivo de Futebol
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Cícero Souza responde curiosidades sobre o dia-a-dia de um Executivo de Futebol



Nome
Cícero Souza (confira o currículo)

Clube atual
Criciúma Esporte Clube

– Como é a sua rotina em finais de semana com jogo do seu Clube?
Não tenho uma rotina específica para jogos, mas basicamente acompanho ao último treinamento antes da partida e me reuno com a comissão técnica antes do início da concentração. Após isso, busco informações junto à Supervisão e nos turnos que antecedem a partida procuro acompanhar jogos das Categorias de Base e realizar algumas refeições com o elenco.

– Qual a maior dificuldade existente neste setor nos Clubes? (enviado por Christofer Galvão)
Sinto que poucos enxergam todo o raio de atuação de um Executivo. Podemos e devemos nos relacionar diariamente com o Jurídico, com o Marketing , com o Financeiro, com o Administrativo e com as Categorias de Base. Sinto que não nos enxergam (imprensa, diretores e torcida) como gestores em sua essência da palavra. Podemos definir diretrizes (número de atletas, características por posição, processos de captação, estratégias de transição, ações em conjunto com o marketing, etc.). Isso por si só já é uma dificuldade enorme para que possamos exercer toda a nossa função.

– Conte-nos um fato curioso envolvendo a negociação de atletas.
Certa feita estava em Buenos Aires, fechando uma contratação. Em dado momento, recebi uma ligação de um empresário que estava no Japão para encaminhar uma outra operação. Por estas coincidências da vida, o atleta que eu estava fechando era primo de um outro jogador que estava reunido no outro lado do mundo com o referido empresário, e fizemos os dois primos se falarem por telefone. Fora que no vôo de volta da Argentina, o avião sofreu uma queda brusca e duas senhoras ao meu lado me deram um grande banho de vinho… mas os contratos saíram ilesos, ainda bem!

– Você já passou por alguma situação onde os atletas queriam “derrubar” o treinador? Como aconteceu?
Não compactuo com este tipo de procedimento, porém já vivi momentos em que alguns atletas me procuraram e questionaram se a direção não estava preocupada com o rumo dos acontecimentos. Creio que o desgaste da relação, a perda do comando, a transferência da responsabilidade e a falta de resultados são os motivos que levam um vestiário a falência.

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